Dias Vivos e Saudades que Ficam
Há dias que parecem mais vivos que outros. Dias em que a cor, o toque e o olhar ganham outro valor. São momentos simples, mas cheios de alma, como vestir algo feito com as próprias mãos, sorrir por dentro mesmo em silêncio, ou sentir o carinho de algo que vai muito além do material.
E no fundo da alma, mora uma saudade que já sabe: talvez esses sejam os últimos instantes daquele jeito, com aquela intensidade, naquela presença. Não por tristeza, mas porque tudo muda. E o tempo, esse artesão invisÃvel, vai tecendo despedidas suaves entre os dias corridos.
Por isso, viver com presença é um ato de coragem. É olhar para hoje com o coração aberto, sabendo que cada gesto pode virar lembrança. É deixar que os detalhes sejam eternos, mesmo que a cena se desfaça com o tempo.
Que esses dias vivos fiquem marcados, no corpo, na memória e no coração.